O Brasil é um dos países mais diversos do mundo. Contamos com diversidades culturais, raciais, de gênero e sociais. Ainda assim, há um longo caminho a percorrer quando se trata de incluir a diversidade em cargos de liderança.
De acordo com os dados do IBGE, a população brasileira é composta por 56% de pessoas negras e só as mulheres correspondem a 52,2%, ou seja, negros e mulheres são a maioria da população brasileira. Apesar disso, o primeiro grupo ocupa somente 4,7% de posições executivas nas 500 maiores companhias do país, e as mulheres, não chegam a 15%. E quando se fala de pessoas com deficiência e da comunidade LGBTQIA+, os números são ainda menores, segundo o resultado das pesquisas do Instituto Ethos.
Diante dessa realidade, precisamos entender a importância e os benefícios da diversidade e da inclusão dentro do ambiente corporativo para estimular cada vez mais a presença dos grupos minorizados nos principais cargos de gestão.
O mundo empresarial está continuamente buscando por soluções inovadoras para reter seus clientes, atrair novos e ser referência no que faz. Uma pesquisa realizada pela empresa Accenture, apresentou que cerca de 95% dos executivos enxergam a inovação contínua como vital para a competitividade da empresa e para viabilizar novos negócios.
A inovação acontece através da troca de ideias, de experiências e de histórias de um grupo. Um estudo denominado “Getting to Equal 2019”, identificou que, funcionários inseridos em culturas mais igualitárias são sete vezes mais propensos a ter uma mentalidade inovadora do que em culturas menos igualitárias.
O motivo é que quando o grupo é composto por pessoas com culturas, ideologias, raças e classe social semelhantes, o alcance dessas ideias se limita ao público que se identifica com esse grupo que, muitas vezes, não representa a maioria da população.
É natural do ser humano se aproximar das pessoas que são seus semelhantes. Mas se queremos estimular grandes ideias para impactar cada vez mais pessoas, é preciso ir além da nossa realidade.
Uma equipe que promove a inclusão da diversidade está mais inclinada a aprender novas habilidades, ouvir diferentes pontos de vista e abraçar o diferente. A consequência é a resolução de problemas complexos com ideias “fora da caixa” para diferentes públicos, e o resultado é o aumento do faturamento e o reconhecimento da empresa.
Um estudo feito pela McKinsey, em 2020, apontou que as empresas que adotam políticas e investem em diversidade e inclusão, têm 93% de superar a performance financeira de concorrentes de mercado. Além disso, aumentam em 21% as chances de ter lucro acima da média.
Os atuais líderes devem estar engajados a inovar não apenas na solução de problemas, mas também na mudança da cultura organizacional, promovendo e desenvolvendo comportamentos que zelam pela inclusão e pelo respeito do diferente, tendo consciência da importância dessa atitude para agregar valor para a empresa.
Não basta promover uma campanha de marketing sobre a diversidade, é preciso praticá-la o tempo todo.
Assim, fica a reflexão: qual é o seu papel, como líder, para proporcionar uma cultura empresarial onde todos caibam nela?
Fonte: Empreenda Êxito