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Como as mulheres podem transformar o futuro das scale-ups no Brasil?

Nayara Mota

Nayara Mota

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As scale-ups são empresas com alto índice de crescimento. Geralmente, têm um produto ou um serviço validado pelo mercado e a capacidade de sustentar sua escalabilidade por três anos ou mais.

Empresas como essas são importantes para aquecer a economia, pois promovem impactos positivos na produtividade e competitividade do país, gerando valor, empregos e atraindo capital e talentos.

No entanto, a baixíssima diversidade entre fundadores e lideranças das scale-ups é um dos desafios para que a transformação seja realmente efetiva. Um estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho ( OIT ) indicou que a maior parte das empresas no Brasil pensam em ampliar a diversidade entre seus funcionários, entretanto, ainda não promovem uma inclusão efetiva.

De acordo com a pesquisa da OIT, ( 55,7% ) dos entrevistados afirmaram que as empresas onde trabalham estão muito preocupadas com a inclusão de grupos marginalizados no ambiente corporativo. Ao mesmo tempo, 34% das pessoas afirmaram que a companhia está preocupada em parte e outros 10% garantiram que não existe esse tipo de preocupação na empresa em que trabalham.

Empresas diversas, que cultivam a igualdade em seus ambientes corporativos, são capazes de gerar grandes impactos sociais, além de lucrarem acima da média, segundo um levantamento da McKinsey .

Além disso, quando o número de mulheres fundadoras de startups cresce, aumentam, também, as oportunidades de sucesso para outras mulheres na empresa. Segundo a Organização Internacional do Trabalho , empresas com mulheres em postos de liderança têm mais lucro nos seus negócios. Estima-se que organizações fundadas por mulheres empregam 2,5 vezes mais mulheres, de acordo com a Kauffman Fellows .

Contudo, a maioria das empresas brasileiras, incluindo as scale-ups, têm um longo caminho a percorrer para, de fato, serem consideradas diversas e inclusivas. Enquanto as mulheres representam 51% da população , apenas 2% participam dos times de fundadores das 100 maiores startups , segundo a McKinsey . Elas compõem apenas 6% dos times executivos e 8% de assentos em conselhos, segundo a Deloitte.

Além da falta de representatividade, as mulheres também enfrentam diversos desafios que os homens, muitas vezes, desconhecem, como acessar capital, fazer networking e ganhar confiança de stakeholders que viabilizam o crescimento acelerado. Soma-se a jornada dupla entre casa e trabalho e, muitas vezes, são mães solos.

Diante desse cenário, é imprescindível a adoção de uma cultura de igualdade que possibilite oportunidades iguais para, enfim, construirmos um ecossistema mais diverso e inclusivo.

E, assim, multiplicarmos o número de empreendedores de impacto no Brasil liderando as scale-ups que mais crescem no país e no mundo.

Fonte: Empreenda Êxito

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Nayara Mota

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