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De empregado a empreendedor: o planejamento financeiro na transição de carreira

Nayara Mota

Nayara Mota

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Quando falamos em transição de carreira logo nos vem à cabeça uma série de dúvidas e incertezas: “será que vai dar certo?”, “e se não der certo?”. As inseguranças em relação ao novo podem paralisar se não tivermos certeza daquilo que realmente queremos. Ainda mais se o apoio familiares e amigos forem ausentes ou se não tivermos uma reserva financeira que garanta a estabilidade durante alguns meses enquanto deixamos um emprego “seguro” para dar o primeiro passo rumo ao desconhecido.

Hoje, segundo o Monitoramento de Empreendedorismo Global (GEM), mais de 50 milhões de brasileiros são micro empreendedores. A tendência é que esse número aumente e o Brasil atinja marca histórica de empreendedorismo nos últimos anos. Esse número elevado, se deu principalmente pela crise da COVID-19 que desacelerou a economia e aumentou em 3,1 milhões o número de desempregados desde a primeira semana de maio até a penúltima semana de julho de 2020, segundo IBGE.

Todos foram pegos de surpresa, principalmente aqueles que não cuidam das suas finanças, que não pensam a longo prazo, não investem o seu dinheiro em uma reserva para ser utilizada durante uma emergência e não buscam se educar financeiramente para lidar com a crise… que chegou.

Muitos brasileiros se viram com a necessidade de se reinventar, adquirir novas habilidades e novas fontes de renda. Mesmo com essa consciência, a grande maioria ainda ignora a importância de estabelecer objetivos, metas e um planejamento eficiente para levar em conta custos e despesas durante essa mudança profissional. É essa grande maioria que provavelmente dará o famoso “murro em ponta de faca” e não sairá do lugar, ou seja, sempre ganhará o necessário para arcar com os boletos em qualquer coisa que fizer, ou, no pior dos casos, declarará falência em pouco tempo.

Mas para aqueles que estiverem abertos a olhar para o seu orçamento, ou seja, para as suas receitas, despesas e patrimônio, qualificando-as, otimizando-as, e criando um planejamento financeiro, essa transição, seja ela em que momento ocorrer, será mais tranquila e com as condições necessárias para que os caminhos sejam guiados de maneira inteligente e assertiva.

É importante se estruturar financeiramente para que essa transição seja menos incerta e frustrante possível, porque quando não se tem dinheiro, tendemos a tomar decisões descabidas, imediatas e sem se atentar aos detalhes que podem acabar com o nosso orçamento. O planejamento financeiro traz segurança para dar o primeiro passo, ações e atitudes mais conscientes e planejadas.

Pensar a longo prazo, criar uma reserva de emergência, fazer aplicações, aumentar o patrimônio, são atitudes que ajudam pessoas em transição de carreira a fazerem escolhas mais inteligentes em relação ao futuro, estando prontas para quando mudanças acontecerem, por mais radicais ou inesperadas que elas sejam.

Por exemplo, se você começar hoje a investir R$500,00 reais todo mês durante 10 anos (tempo que você decidiu sair do seu emprego atual e começar o seu próprio negócio), você terá, em 10 anos, R$ 60.000,00 reais investidos, sem levar em consideração os juros compostos. Esse valor ajudará na perpetuidade da sua transição.

Agora imagine se há 10 anos atrás você tivesse construído a sua reserva de emergência, como você estaria lidando com a crise da Covid-19 hoje? Muito provavelmente você estaria com estabilidade financeira e emocional para tomar melhores decisões em relação ao seu futuro. Se por acaso você tivesse desempregado, você teria maior tranquilidade em se planejar para buscar alternativas de renda, como o empreendedorismo.

O dinheiro investido hoje, é a liberdade e tranquilidade de amanhã.

Fonte: Empreenda Êxito

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