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Liderança Inclusiva: papel de empresas comprometidas com a diversidade

Nayara Mota

Nayara Mota

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Uma liderança inclusiva é aquela que está genuinamente comprometida com a equidade entre seus times, para que as pessoas se sintam seguras e pertencentes. No entanto, para que isso aconteça, é preciso posicionamento e engajamento concretos nas pautas sobre diversidade e inclusão. Líderes são como espelhos e suas atitudes se refletem diante de toda a cultura empresarial.

Muitas corporações adotam metas para implementação da diversidade e inclusão, mas acabam frustradas a longo prazo por verem suas energias, tempo e recursos desperdiçados diante da falta de efetividade nos resultados.

Um dos principais motivos que desencadeiam esses resultados negativos são, justamente, a ausência de uma liderança inclusiva. Isso porque, a mudança precisa ser cultural nas empresas, não limitando-se apenas aos esforços do Departamento de Recursos Humanos, na contratação de pessoas diversas.

Quando a liderança é inclusiva, oportunidades são criadas com equidade, o que contribui para que o ambiente se torne mais acolhedor, propício e seguro para os colaboradores, como mostrou um estudo da McKinsey, líder mundial em consultoria empresarial.

A pesquisa concluiu que funcionários de empresas percebidas como comprometidas com a diversidade apresentaram probabilidade 80% maior de concordar que seus líderes promovem confiança e diálogo aberto. Além disso, há também uma probabilidade 73% maior de relatar uma cultura de liderança em prol do trabalho em equipe, o que afeta positivamente a forma como as pessoas se comportam.

Do outro lado da moeda, um segundo estudo, também realizado pela McKinsey, com profissionais de empresas com altos níveis de diversidade, reafirmou o que o mercado já tem sentido: a diversidade étnica, cultural e de gênero na liderança corporativa importa, mas ainda há vários pontos problemáticos no que se refere à experiência dos funcionários após a admissão.

Os dados da pesquisa mostraram que, enquanto 51% dos entrevistados afirmaram possuir um sentimento positivo sobre a diversidade nessas organizações, apenas 29% disseram ter sentimentos positivos em relação à inclusão.

Os principais problemas apontados para essas percepções foram:

líderes não comprometidos com a Diversidade e Inclusão no dia a dia;

falta de acesso a oportunidades de cargos elevados de forma justa;

preconceito e discriminação vivenciados no ambiente corporativo;

sentimento de não pertencimento.

O cenário atesta pontos contrastantes importantes sobre a diversidade e a inclusão. Isso porque, a contratação de talentos diversos não é o suficiente para que as empresas sejam realmente inclusivas.

É preciso foco na formação de uma liderança inclusiva, capaz de promover mudanças na cultura organizacional da empresa, desafiar o status quo e estar disposta a reconhecer que estão sujeitos a vieses inconscientes provocados pela forma como a sociedade se estrutura e se comporta. Somente a experiência no local de trabalho é capaz de determinar se as pessoas irão permanecer e prosperar dentro das empresas.

Tudo começa pela liderança e passa para a cultura da corporação. Esse é um dos principais caminhos para promover uma transformação efetiva e oportunidades equalitárias de desenvolvimento para todos.

Fonte: Empreenda Êxito

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